O Núcleo

ECOLOGIA HUMANA E SOCIOLOGIA DA SAÚDE

O Núcleo de Ecologia Humana e Sociologia da Saúde (www.ecos.ufsc.br), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (UFSC) e ao Diretório de grupos de Pesquisa do CNPq (desde 2005) tem desenvolvido várias atividades interdisciplinares de pesquisa e extensão envolvendo perspectivas e atores sociais ligados aos temas:

1. Interdisciplinariedade nas Ciências Sociais,

2. Ecologia Humana e Saúde;

Palavras-chave: sistemas integrados; ecologia; doenças emergentes; zoonoses; ecologia dos vetores; sociedade e ambiente; avaliação de impactos sócioambientais.

3. História do saber médico;

4. Políticas de Saúde;

5. Representações sociais em saúde;

Palavras-chave: processo saúde-doença; construção do saber médico; representações sociais em saúde; sistemas médicos; saúde coletiva; políticas de saúde.

6. Riscos e Saúde;

7. Doenças emergentes.

 

Pesquisas em andamento

  • Pesquisas Teóricas

CSO e Saúde: abordagens teóricas e metodológicas;

Abordagem ecossistêmica em saúde;

Doenças emergentes.

  •  Pesquisas Empíricas

1.Ciência, vigilância epidemiológica e sociedade: um estudo sociológico sobre o surto da doença de chagas em SC/2005.

2. Fatores relacionados às zoonozes urbanas e seus impactos nas políticas públicas de saúde.

a. As representações sociais de usuários e trabalhadores de saúde em relações às zoonozes urbanas.

3. Saúde e Alimentação: alegações de saúde dos alimentos funcionais no Brasil e Europa.

4. A relação entre trabalho e saúde em trabalhadores do serviço público: um estudo comparativo entre servidores públicos universitários e trabalhadores da ANVISA.

5. Representações da anorexia nervosa entre profissionais de saúde.

a.Representações sociais do cirurgião dentista.

6. Políticas de Saúde:

a.O processo de “humanização” dos serviços de saúde.

b.Governança em saúde: as políticas de controle epidemiológico e sanitário das doenças.

c.Análise do processo de diagnóstico e notificações de doenças.

d.Conselhos Municipais de Saúde e articulação intersetorial.

Como campo de investigação das relações entre a espécie humana e o meio ambiente, a Ecologia Humana distingue-se da Ecologia Básica ou Ecologia Geral tradicional pelo fato de destacar o papel fundamental desempenhado pela cultura no comportamento e na estruturação das sociedades humanas. No curso da evolução, a humanidade inventou e desenvolveu novos métodos para o armazenamento, transmissão, difusão e recuperação do conhecimento acumulado, o que deu origem a um sistema não-genético e exclusivo de transmissão de experiências adquiridas.

Estrutura social e agência humana, sociedade e cultura são temas abordados pela Sociologia e pela Antropologia Cultural e Social. No caso da saúde, o estudo do impacto dos fatores sociais e culturais sobre a saúde e doença constituem o objeto da Sociologia e Antropologia médica – que alguns autores distinguem da Sociologia da Saúde e da Antropologia da Saúde.

As sociedades tecnológicas modernas são parte de um sistema global de produção e consumo, e os agentes de dispersão mundial de plantas, animais e microorganismos. O impacto do homem tecnológico sobre a biosfera provocou mudanças que nenhuma outra espécie foi capaz de rivalizar.

Entretanto, o homem não é o único animal capaz de alterar um ambiente físico ou biótico, mas é o único que pode compreender sua estrutura e preservar sistemas ecológicos. No último quarto de século de ensino de Ecologia Humana, constata-se notável evolução no pensamento teórico e nos programas de ensino universitários.

Constata-se uma crescente ênfase nas dimensões e aspectos sociais e econômicos dos problemas ambientais, que se acentua após a adoção da Agenda 21 e um aumento de interesse pelo tema do desenvolvimento sustentável decorrente das Conferências UNCED no Rio de Janeiro de 1992 e 2012. Como resultante, verificou-se um interesse cada vez maior pela abordagem interdisciplinar das questões relacionadas ao manejo ambiental, que dirigiu a busca da transdisciplinaridade na formação intelectual acadêmica.

Este interesse traduziu-se na criação de um número crescente de centros de estudo e de pesquisa envolvidos na busca de soluções economicamente viáveis, socialmente aceitáveis e ecologicamente sustentáveis. Segurança ambiental, dependente das questões tornadas urgentes e agudas pela globalização, em todos os seus aspectos, somente poderá ser entendida e trabalhada através de uma nova abordagem transdisciplinar que supere as limitações da clássica abordagem reducionista. Esta busca da compreensão integrada dos geosistemas e das complexas relações da humanidade com o seu meio ambiente constitui o tema central e o objeto da Ecologia Humana.

A configuração do Núcleo encontra suporte nos debates atuais sobre as estratégias científicas de resolução de problemas, especialmente as questões ambientais globais e complexas da atualidade, nas quais os fatos são incertos, os valores estão em disputa, os riscos são altos e as decisões são urgentes (FUNTOWICZ, S. e RAVETZ, J., 1997).